sábado, 17 de novembro de 2012

Semana a semana

Mesmo tendo avançado em alguns pontos, por exemplo: compartilhar este blog (algo que ainda eu não me permitia), e o inicio de uma escrita bastante insegura/imatura (mas, enfim escrita), confesso que não rendi como deveria e gostaria.

Mas várias ações/práticas cotidianas e institucionais me possibilitaram criar links com a tese.

1ª – Investigação baseada nas Artes - disciplina que assisto nas segundas e terças-feiras pela manha junto a alunos da graduação.

Os alunos desta disciplina estão iniciando uma investigação onde o foco se centra na experiência com o trabalho final de grado e de como esta experiência está afetando eles. Para a próxima aula (dia 19) eles terão que trazer materiais (de todos os tipos) tentando responder a seguinte questão: A que associamos a noção de final?
E eu me pergunto: E eu, com que associo (em relação a tese)?
Sigo buscando mis pistas...

2ª – Seminário de leituras – disciplina com estudantes de doutorado com orientação do Prof. Fernando Hernández.

Uma das coisas que me perguntava ao retornar a Barcelona é se eu deveria ou não assistir aulas na universidade, pensando na questão de focar única e exclusivamente na escrita da tese de doutorado e não dispersar minha atenção. Neste caso, a respeito desta disciplina – seminário de lecturas – impossível!!!
Costumo dizer que umas das experiências mais marcantes em minha formação na Universidade de Barcelona foi a participação nestes seminários, não só pela maneira como eramos incitados a discutir certas problemáticas, mas também pela maneira solidária como compartíamos nossos saberes e não-saberes. Lembro aqui também com carinho do meu grupo de colegas daquela época em que nos denominávamos como espigadores!
Neste ano de 2012 a problemática do seminário se centra se podemos ou não construir outras ciências sociais.
Iniciamos o seminário trabalhando com o texto de Catherine Walsh - ¿Son posibles unas ciências sociales/culturales otras? Reflexiones em torno a las epistemologias decoloniales – que nos permitiu ir e vir para muitos lugares/contextos e levantar diversas questões.



E aquela pergunta que a meses venho tentando responder - ¿Cómo cuento la historia de los estudiantes sin que mi historia sea más importante y que tenga más espacio? – começa a partir de agora ganhar novos rumos e possíveis discussões com o tema das colonialidades e das posições que assumimos dentro de uma investigação.

3ª – Quinta-feira – dia de buscar o NIE e por fim deixar o passaporte guardado em casa.

Uma das minhas grandes emoções nesta nova estadia era a possibilidade de ter novamente o documento espanhol: o NIE. Lembro-me nestes últimos três anos como me sentia incomodada ao ter que mostrar o passaporte quando era solicitado. Com o NIE em mãos fica mais forte o sentimento de pertencer a tal lugar e ao mesmo tempo sentir que esse tal lugar me pertence.


E por uma grata coincidência, eis que uma livraria “La Central” cruza meu caminho e me “presenteia” com um livro que trata de discutir a questão do ser estrangeiro explicando que “o estrangeiro não é uma pessoa senão uma forma social, isto é, se trata de um vinculo especifico de relação, uma forma particular de ser com outros” (2012:11).





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