Esta semana eu estava pensando que não iria
publicar nada no blog: até o final de semana tenho que finalizar 3 capítulos,
mas a questão da redação no Enem nesta semana e a receita do miojo merece
espaço e minha revolta também!!!
Fico aqui pensando: por um lado, a escola que
continua ensinando formas clássicas de escrever um texto ignorando as muitas
possibilidades que existe e por outro lado o pobre cidadão que já foi instruído (ou pensa que foi!!!) e que acredita que não precisa de uma formação continuada (aqui vale para
todas as áreas, não só quem trabalha com educação)...
Ora bolas pessoal: vejam que século estamos, vamos
ler, vamos nos informar, vamos sair da nossa zona de conforto. Não são só as
leis que mudaram, mas conteúdos, ideias, conceitos e viva a pós-modernidade! A
modernidade já se foi, as identidades não são fixas e como diz Baumam são liquidas.
E as pessoas criticando o menino que colocou
uma receita de miojo na redação. Deveriam criticar professores, instituições que
continuam ensinando como séculos atrás...
Pobre menino, tentou ser criativo, mas ninguém lhe
ensinou como construir um texto que fuja de certos padrões clássicos!
E a gente fala em ser criativo, usar da
criatividade...ele tentou, mas infelizmente não conseguiu. Não por culpa dele,
mas por nossa culpa. Sim: acho que somos todos responsáveis quando se trata de
um tema ou problemática nacional.
Certo, existem problemas que precisam ser
discutidos:
- aprovar o maior numero de pessoas – DISCORDO
- precisamos novas formas de avaliação –
CONCORDO
- Precisamos mudar muitos absurdos sobre este
tema - ENEM e principalmente as politicas publicas educacionais...
- mas precisamos também que nossa forma de
pensar a ‘educação’ mude e urgente...
E daí, vocês me perguntam: Lilian, porque esta
revolta?
Acabo de ler uma matéria no clicrbs sobre a questão
da correção da redação do Enem e uma das avaliadoras do concurso fala:
“Outra coisa que eu fiquei muito chocada: SE
APARECESSE UM TEXTO COMO POESIA, OU NARRATIVA, MAS QUE TIVESSE A VER COM O
TEMA, E QUE SE EU SENTISSE QUE EM ALGUM MOMENTO ELE ESTAVA DEFENDENDO DE ALGUMA
FORMA O PONTO DE VISTA DELE, NÃO PODERIA ANULAR TAMBÉM, TERIA QUE DAR UM.
Lembrem-se: minha investigação é narrativa e o modo
como construo o relato é a partir de cartas. Na tese me utilizo de imagens,
poesia, musica e toda e qualquer referencia que possa me ajudar a construir
outro tipo de relato.
E me pergunto agora, em relação ao que esta avaliadora expõe: não seria melhor perguntar-se que tipo de conhecimento ou informação este aluno mostra no texto (sem excluir a poesia ou a narrativa ou qualquer outra forma linguística de redação)?
Segue abaixo a reportagem:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/03/se-escrevesse-uma-receita-de-bolo-eu-teria-de-considerar-diz-avaliadora-que-participou-das-correcoes-das-redacoes-4081536.html
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