domingo, 9 de dezembro de 2012

desterritorializando tudo

Desterritorializar a escrita, a ideia de *tese*, etc, etc, etc...aqui vou encerrando a semana para começar de bem com a que está chegando.

Esta noite buscando referencias na internet sobre a escritas de cartas e exemplos advindos da literatura chegou até minhas mãos o texto de Marilda Ionta chamado A escrita de si como prática de uma literatura menor: cartas de Anita Malfatti a Mário de Andrade.

Li o texto em alguns minutos e consegui fazer vários links com o momento em que me encontro com a tese...(sensação ótima esta!!!)

Na verdade resolvi compartilhar imediatamente o texto aqui no blog (sem muitos ou nenhum make-up) e por isso só recortei alguns trechos para que vocês possam criar seus próprios links (quem desejar, claro):

"Trata-se de uma literatura que não tem um público a priori, um grupo de leitor já formado que se reconhece na escrita. Para esses pensadores, o objetivo da literatura menor é criar uma nova expressão, a expressão de uma comunidade por vir; ela é uma “máquina de expressão”, como afirma Deleuze, e seu compromisso não é representar o mundo, mas intervir nele, produzir novas sensibilidades e intensidades; por isso, na literatura menor conjura-se a metáfora em prol da metamorfose". 

"Assim, a literatura menor visa transpor, transgredir os limites da linguagem, e tem como objetivo forjar novas sensibilidades. Nesse sentido, o menor é o revolucionário, porque abre possibilidade de modos possíveis de vir a ser, de criar devir minoritários e contra-hegemônicos. Portanto, “se o menor é que é grande e revolucionário”, deve-se repudiar qualquer literatura de mestres e de senhores"...

"Minha hipótese é de que a literatura de si oriunda das correspondências pessoais pode ser tão transgressiva quanto aquela que visa transpor o limite da linguagem, pois, nesse caso específico, trata-se de reinventar a si mesmo na e pela escrita cotidiana. Em outras palavras, na literatura de si das cartas pessoais é possível transpor o limite do que somos no espaço do “entre”, ou seja, do espaço intersubjetivo da troca epistolar e da amizade. Portanto, a literatura epistolar pode ser entendida no sentido apontado por Michel Foucault, ou seja, como work in progress, como uma escrita de incompletude, como uma tentativa permanente de desprendimento de si e autorreconstrução incessante".




Texto na integra




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