domingo, 16 de dezembro de 2012

eu, eles/elas e nós

Meninas!
Eu imagino que o final de ano está bem agitado para vocês, como está para mim também.
Às vezes penso no momento que estão no curso (tentando finalizar) e logo me vem à mente, que estamos vivendo processos bem parecidos: eu tb estou tentando finalizar e sei o quanto é difícil, mas também sei que depende de nós. O meu trabalho de pesquisa depende de mim e do meu esforço. Também estou vivendo sobre pressões, mas a maior pressão sou eu mesma.
Por isso, precisamos nos motivar: tanto eu como vocês!
Em setembro, logo quando cheguei aqui criei um blog com o objetivo de avançar na escrita e também como forma de motivação. Esta sendo bem produtivo, porque através dele me tornei consciente que eu precisava mudar a maneira como minha tese estava sendo organizada e construída.
Estou enviando o link para vcs - http://lilianuckerperotto.blogspot.com.es/
Dedicarei o próximo post a vocês e aos nossos compartilhamentos...
Queria compartilhar também, que este blog é de alguma maneira (minha maneira) uma criação poética e hoje ele faz parte da minha trajetória como investigadora...
Espero poder ajudar vocês,
Abraços,
Profa. Lilian


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Postagem do blog – dia 15 de dezembro de 2012.

Como prometido esta próxima postagem dedico as alunas Silvia, Monica, Mercedes, Tamara, Marcela e ainda para os alunos da disciplina de investigação baseada nas artes, da qual sou ouvinte na Universidade de Barcelona.
Primeiro situarei os dois contextos do qual falarei:
Silvia, Monica, Mercedes, Tamara e Marcela são alunas do curso de Licenciatura em Artes Visuais modalidade a distancia da Universidade Federal de Goiás e estão em processo de conclusão de curso. Devem colar grau no mês de junho. Ambos os grupos estão trabalhando com o tema das trajetórias pessoais e para isso estão desenvolvendo um trabalho escrito - narrando suas trajetórias a partir de suas experiências enquanto alunas no curso e também como professoras do ensino público  e junto a isso estão desenvolvendo um trabalho poético que deverá dialogar com estas experiências. Quem sou eu neste processo? A orientadora.
Em outubro fui convidada pelo prof. Fernando Hernandez a assistir a disciplina chamada “Investigação baseada nas artes” junto a um grupo de estudantes da graduação que também estão finalizando o curso. O curso que iniciou ainda em setembro acontece nas segundas e terças-feiras das 08h00min as 10h00min da manha. Nesta disciplina os alunos foram convidados a construir uma investigação coletiva como trabalho da disciplina a partir de temas de interesse. Depois de dedicar algumas sessões não só para conhecer e aprender sobre o que é a investigação baseada nas artes, os alunos em dialogo com os professores da disciplina decidiram que o tema da investigação coletiva seria de como o trabalho final de graduação tem afetado estes estudantes atualmente.

...(neste momento estou tentando refletir e colocar sobre o papel minhas aprendizagens, impressões e contribuições para e com ambos os grupos...Nesta semana, a disciplina na UB sobre “investigação baseada nas artes” finaliza e quero compartilhar com todos (professores Fernando e Rachel, alunos do IBA) o que aprendi, o que me tocou e o que me motivou a seguir assistindo estas aulas até o final...Ainda escrevendo sobre estas experiencias, resolvi mesmo assim postar esta introdução)...
Lilian

O que me levou a escrever uma carta para vocês? Porque escrever para contextos que "parecem" ser diferentes?


...Aqui sigo...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

experiência e imagens e reflexividade




A postagem de hoje tem a ver com as *imagens* que coloquei na parede do meu despacho e da realidade que me cerca neste espaço. Aliás, não só com as imagens, mas as relações que construo com elas, afinal: as imagens não falam por si mesmas, somos nós que fizemos elas falarem. Literalmente elas não falam, elas provocam, evocam, etc, etc...
Portanto, desconfio muito de certas expressões e/ou perguntas:

O que diz esta imagem?  (para mim ficaria melhor - O que você (eu, tú, ele/ela, nós, vos, eles) diz daquela imagem? Ou ainda - O que esta imagem diz da tua experiência -  de ti e das tuas relações?)
Uma imagem vale mais do que mil palavras... (!pues no lo sé!)

É importante compreender que "as imagens não são documentos neutros, transparentes, senão textos construídos" (Banks, 2010:39) - construídos principalmente por nós.

Retornando...só que desta vez as imagens (isso em relação ao blog), primeiro busquei as imagens para depois construir um dialogo com o texto, o que já caracteriza uma certa mudança na maneira de construir um relato - e o que trato de encontrar também na tese, não só com imagens, mas com outras referencias.





As imagens que escolhi para este post falam de *Experiência e reflexividade*: da minha experiência-ação como investigadora e da reflexividade das minhas decisões, mas também de como dou sentido a esta ação e como construo o relato desta ação-sentido.

A reflexividade conforme Banks (2010:75) indica “la consciencia del investigador de sí mismo, de la realización de su investigación y de la respuesta a su presencia; es decir, el investigador reconoce y evalúa sus propias acciones así como las de otros”.


  


 Mas, contudo, porém...

Porque estas imagens e não outras? Porque as relaciono com o momento atual?

Próximo post dou continuidade, ou talvez não: vai depender do momento em que eu me encontre!







domingo, 9 de dezembro de 2012

desterritorializando tudo

Desterritorializar a escrita, a ideia de *tese*, etc, etc, etc...aqui vou encerrando a semana para começar de bem com a que está chegando.

Esta noite buscando referencias na internet sobre a escritas de cartas e exemplos advindos da literatura chegou até minhas mãos o texto de Marilda Ionta chamado A escrita de si como prática de uma literatura menor: cartas de Anita Malfatti a Mário de Andrade.

Li o texto em alguns minutos e consegui fazer vários links com o momento em que me encontro com a tese...(sensação ótima esta!!!)

Na verdade resolvi compartilhar imediatamente o texto aqui no blog (sem muitos ou nenhum make-up) e por isso só recortei alguns trechos para que vocês possam criar seus próprios links (quem desejar, claro):

"Trata-se de uma literatura que não tem um público a priori, um grupo de leitor já formado que se reconhece na escrita. Para esses pensadores, o objetivo da literatura menor é criar uma nova expressão, a expressão de uma comunidade por vir; ela é uma “máquina de expressão”, como afirma Deleuze, e seu compromisso não é representar o mundo, mas intervir nele, produzir novas sensibilidades e intensidades; por isso, na literatura menor conjura-se a metáfora em prol da metamorfose". 

"Assim, a literatura menor visa transpor, transgredir os limites da linguagem, e tem como objetivo forjar novas sensibilidades. Nesse sentido, o menor é o revolucionário, porque abre possibilidade de modos possíveis de vir a ser, de criar devir minoritários e contra-hegemônicos. Portanto, “se o menor é que é grande e revolucionário”, deve-se repudiar qualquer literatura de mestres e de senhores"...

"Minha hipótese é de que a literatura de si oriunda das correspondências pessoais pode ser tão transgressiva quanto aquela que visa transpor o limite da linguagem, pois, nesse caso específico, trata-se de reinventar a si mesmo na e pela escrita cotidiana. Em outras palavras, na literatura de si das cartas pessoais é possível transpor o limite do que somos no espaço do “entre”, ou seja, do espaço intersubjetivo da troca epistolar e da amizade. Portanto, a literatura epistolar pode ser entendida no sentido apontado por Michel Foucault, ou seja, como work in progress, como uma escrita de incompletude, como uma tentativa permanente de desprendimento de si e autorreconstrução incessante".




Texto na integra




pistas - ideias - referencias - conexões



De onde parto?
 das “emoções como elementos sociais”...
(REZENDE, 2010, p. 15)



Como se dão estes trânsitos?
Como eles constroem seus relatos/histórias de experiências no novo contexto?
Que tipos de experiências surgem nos relatos dos estudantes?
Em torno de quais significados, imagens e relações se constrói  a identidade destes estudantes?
¿Cómo dar cuenta del relato? ¿Cómo construir el relato?

Porque é necessário/importante pensarmos em uma pedagogia internacional?



 “We researchers have not, for example, asked students enough questions about the relative importance of what they have assumed is important”…
(MCINNIS, 2001)


“O ensino superior e a pesquisa cientifica movimentam hoje bilhões de dólares e, também por isso, tornaram-se objetos da chamada globalização”
(PANIZZI, 2007, p. 64). 

“internacionalização não é um novo conceito do ensino superior”
(LEASK, 2008, p. 9)

Que posições assumo nesta investigação?

Investigação construcionista narrativa com base nos referentes da investigação baseada nas artes

 - O próprio processo de conhecer/investigar transforma o sujeito, o objeto e a sua relação com a realidade investigada...

 - “el estudiante generalmente asume la teoría como un ejercicio distante de su vida diaria, en cierto modo ajeno a sus vivencias sustanciales, un conocimiento frío que genera poder por sus comprensiones “científicas”, pero algo ajeno a la relación con la realidad inmediata”.
(ORTIZ, ROMERO &  NOREÑA, 2005, p. 241)

- “este tipo de investigação começa com a coleta de relatos (auto)biográficos, em uma situação de diálogo interativo, em que se representa o curso de uma vida individual, em algumas dimensões, a requerimento do investigador, e, posteriormente, é analisada de acordo com certos procedimentos específicos — para dar significado ao relato”. (BOLIVAR, 2001, p. 19)

Para pensar em uma pedagogia internacional significa levar em consideração (também ou principalmente?) em “abordagens culturais sensíveis”
(HELLSTÉN E REID, 2008, p. 2)
“necessidade de reconfigurar práticas, metodologias, discursos, reflexão, avaliação, inovação e oferta de qualidade de ensino e aprendizagem em e para contextos internacionais”.
(HELLSTÉN E REID, 2008, p. 3)









quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

NORMAS PARA A APRESENTAÇÃO DE DISSERTAÇÕES DE MESTRADO E TESES DE DOUTORADO...

Conforme os Regimentos...normas...etc, etc, etc...(aqui, lá e acolá)...


A tese deve ser redigida em língua ..., em papel branco formato A4 (210x297mm), impressa em apenas uma face da folha, em espaço ..., observando margem de 3 cm do lado esquerdo, e de 2 cm nos restantes.

O texto deverá ser impresso em letras tipo ..., corpo....

Paginação – Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas, em ordem seqüencial, mas não numeradas. A numeração começa a ser colocada a partir da primeira folha da parte textual (Introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha  a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha (No item configurar página do redator de texto, colocar no Layout, 3cm da borda ao cabeçalho).



O Resumo e o Abstract devem estar contidos em apenas uma folha cada e terem dimensão de até 500 palavras (espaço simples).


Estructura Formal

La estructura formal, del contenido de la tesis, deberá ajustarse a la siguiente presentación:
En la Primera Página figurarán los mismos conceptos que se indican para la cubierta.
En la Segunda Página deberá figurar:
- Nombre del Departamento donde se elaboró la Tesis, seguido del nombre de la Escuela o Facultad al que está adscrito; o del Instituto, en su caso,
- Título de la Tesis,
- Nombre y Apellidos del Autor, con especificación de su título académico previo,
La Tercera Página, estará destinada, en su caso, a los agradecimientos que el autor desee expresar.
Un Índice General, donde se relacionarán los capítulos, secciones, y apartados, incluidos en la Tesis.
  
Una lista de Tablas y Figuras, en el orden que se considere conveniente, si las hubiera.
El Texto de la Tesis, deberá comenzar con una Introducción sobre el tema, en la que se presentará concisamente el estado actual de la disciplina tratada por la Tesis, y se explicará el progreso que ésta supone sobre dicho estado de conocimiento.
Al final del texto se incluirán las Conclusiones a que haya llegado el Doctorando, así como las posibles sugerencias y futuros desarrollos del tema tratado, indicando expresamente cuáles son las partes totalmente originales del trabajo.
La Bibliografía, después del último capítulo, y antes de los apéndices si los hubiese, incluirá las publicaciones utilizadas en el estudio y desarrollo de la Tesis. La bibliografía se adaptará a la normativa que sea más utilizada en cada especialidad.

 Monólogo:


Bom, e como construir uma outra tese?
Aqui me encontro!!!


“Estaba ya claro para mí que la marcha de mis investigaciones no podría ya someterse a las normas clásicas de la tesis. Estas «investigaciones» no reclamaban sólo un modo de escritura diferente, sino un trabajo transformador sobre la retórica, la puesta en escena y los procedimientos discursivos particulares, históricamente muy determinados, que dominan el habla universitaria, especialmente ese tipo de texto que se llama «tesis»; y se sabe que todos esos modelos escolares y universitarios dictan también la ley de tantos discursos prestigiosos, incluso de obras literarias o de elocuencias políticas que brillan fuera de la universidad” (Derrida, 2011, p. 16) .

E é possível?
Puxa vida, será?!
E vão aceitar?
Onde? Na Espanha pode ser, talvez não, mas e quando tiver que convalidar no Brasil?

 “Vou criar o que me aconteceu. Só porque viver não é relatável. Viver não é vivível. Terei de criar sobre a vida. E sem mentir. Criar sim, mentir não. Criar não é imaginação, é correr o grande risco de ser e ter a realidade. Entender é uma criação, meu único modo” (Lispector, 1994, p.25).




Texto bom se linka: